As lan houses marcaram gerações. Antes de termos internet rápida em casa, todo jogador precisava ir até uma lan para viver partidas intensas, competir com amigos e experimentar jogos que mudaram a história do Brasil. A experiência era única e ninguém que viveu esquece.
Geralmente, as lan houses tinham aquele cheiro de computador novo misturado com lanche, refrigerante e barulho de teclado mecânico batendo. Os PCs ficavam todos enfileirados, o mousepad era gigante e quase sempre tinha alguém gritando “RUSHA LOGO!”, “TÁ MIRADO?”, “DESCE BASE!”, “BORA X1?”.
O Counter-Strike 1.6 dominou absolutamente tudo. Era comum ver grupos de amigos organizando campeonatos internos, gastando todo o dinheiro do lanche para comprar tempo na lan. Outras lan houses eram especialistas em jogos como Ragnarok, GunBound, Mu Online e, claro, Tibia — o grande jogo de paciência dos anos 2000.
A magia das lans não era apenas o jogo em si, mas a experiência social. Era rir junto, zoar o amigo que levou HS, comemorar vitórias, fazer amizades, criar clãs, treinar táticas e até namorar. Muitos relacionamentos começaram dentro de lan house.
Com a internet rápida chegando nas casas, as lan houses perderam espaço, mas nunca perderam seu impacto. Até hoje, muitos gamers dizem com orgulho: “eu sou da época da lan house”. E isso não é apenas nostalgia — é história.
